Emblema da
38ª Companhia de Comandos
"Os Leopardos"



Cruz de Guerra de 1ª Classe - Colectiva

38ª Companhia de Comandos - Cruz de Guerra de 1ª Classe Colectiva

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MENSAGEM DO COMANDANTE DA 38ª COMPANHIA DE COMANDOS

Dia Memorável

Finalmente chegou o dia 29Junho de 2016 data a partir da qual o Guião que nos foi entregue há mais de quarenta anos passou a ostentar a Cruz Guerra de 1ª Classe colectiva. Acompanha-nos desde o início da Comissão que cumprimos na Guiné entre 1972-1974 e a partir daí pontualmente sempre que nos reunimos nos nossos encontros de veteranos.

A atribuição desta altíssima distinção resulta directamente da forma heróica como a 38ªCompanhia de Comandos desenvolveu a sua actividade operacional, pelo seu espirito de missão, audácia e coragem permanente, demonstrada durante a sua permanência naquele teatro de operações.
 
Recordo que a 38ªCC iniciou a sua fase operacional em Mansoa nos princípios do mês de Julho de 1972 sob a direcção do Batalhão de Comandos da Guiné período que terminou com a cerimónia de imposição dos Crachás em 15 de Agosto no quartel do Batalhão de Comandos em Brá.

A partir de 16 de Agosto colocada em Gampará, na dependência do COp2, Comando onde se manteve até 3 de Novembro.

Em 4 Novembro passou a depender do CAOP1 em Teixeira Pinto, aí sedeada até 3 Fevereiro de 1973 e depois desta data em Mansoa até 18Junho, sob as ordens do Coronel Para Rafael Durão. No final deste período por motivo da intensa actividade operacional desenvolvida e dos resultados obtidos a 38ºCompanhia de Comandos foi louvada pelo General Governador e Comandante-chefe do Comando Territorial Independente da Guiné, General António de Spínola. Em Maio de 1973 tomou parte em duas colunas de socorro a Guidage que conseguiram vencer o cerco montado pelo PAIGC, conseguindo fazer chegar a esta guarnição os reabastecimentos e as evacuações necessárias que permitiram uma melhoria substancial na situação operacional vivida na zona.

Em 19 de Junho 1973 passou a Companhia a estar sedeada no quartel dos Comandos em Brá e na dependência completa do Batalhão de Comandos, primeiro sob as ordens do Major Comando Almeida Bruno e mais tarde sob as ordens do Major Comando Raul Folques. Nesta circunstância tomou parte nas operações desenvolvidas pelo Batalhão e doutros Comandos onde a sua intervenção se tornou necessária.

Com o sucessivo agravamento da situação militar no território devido ao aumento das capacidades do inimigo, este ultimo período operacional pôs mais uma vez em evidência a fibra e determinação dos Comandos da 38ªCC.

Com uma previsão de termo de Comissão em Fevereiro /Março de 1974 altura em que cumpriria os 20 meses então estipulados regressa a Portugal apenas no dia 30 de Junho sendo a ultima Companhia de Comandos Europeia a tomar parte em operações de combate na Guiné.

Foi com estes acontecimentos na memória que cheguei ao “Regimento de Comandos” pouco antes do início das movimentações das tropas para ocuparem os seus lugares na Parada Major General Comando Jaime Neves. Este intervalo foi excelente para dirigir algumas palavras de boas vindas e recordar aos Leopardos presentes, respectivas famílias e amigos os contornos da nossa actuação há mais de 40 anos, associando factos significativos com os cumprimentos aos intervenientes nesses mesmos factos:

A primeira arma capturada, os primeiros feridos, operação de reacção ao desaire anterior, a primeira baixa em combate, a cerimónia dos Crachás. A ida para Gampará, um inferno em termos de condições higiene sanitárias com o consequente cortejo de baixas. Teixeira Pinto onde a Companhia demonstrou sobejas qualidades perante os diferentes episódios vividos e mais tarde outra vez Mansoa, as idas a Guidage e o relato ainda não contado no WS trigesimaoitavacomandos.org, de como os “Leopardos” não deixaram inumar em Guidage o corpo do Soldado Comando Raimundo. Ainda em Guidage as vivências da segunda coluna cujo relato nas páginas do Livro do nosso Amigo Coronel Amaro Bernardo, Guerra, Paz e Fuzilamento dos Guerreiros permitiu corrigir versões de quem não nos ouviu. Aproveito para agradecer por estar mais uma vez ao nosso lado nestes momentos.

Ficaram por referir a nossas actividades em mais de vinte e um encontros onde em 9 deles homenageamos os nossos caídos permitindo tomar contacto com as suas realidades. Ver como pequenas localidades já tinham tomado a seu cargo honrar a memória dos seus filhos, baptizando largos ou ruas com os nomes daqueles que partiram e não voltaram.

Mas eis que o Estandarte Nacional entra na parada ao som dos acordes do Hino Comando momento solene que sempre veneramos. O dia soalheiro com uma pequena brisa parecia querer dar-nos o seu melhor fazendo-nos gala ao convite que nos enviaram para estarmos presentes.

Na parada, as forças sob o Comando do Amigo Pipa Amorim irrepreensíveis, no espaço entre duas casernas, no horizonte a serra de Sintra, o Palácio coberto por nuvens que a acção dos ventos fazem imaginar as silhuetas dos nossos que partiram. Quiçá com um misto de satisfação pela honra atribuída mas também de tristeza por não estarem ali connosco. Surpresa, vejo alguém da 1ª Guerra Mundial na Flandres e Moçambique e mais além quem se levantou contra as forças Napoleónicas. Enfim todos aqueles que sempre que a Pátria precisa dão um passo em frente para que outros noutras áreas assegurem posteriormente as vitórias na paz que nos tornem mais fortes e mais confiantes no futuro do nosso País.

 

A cerimónia decorre segundo o programa anunciado. Ponto alto a atribuição do Titulo de Comando ao General Ramalho Eanes entidade que pelo seu passado e também pelo presente reúne as qualidades que o fazem referência impar no universo dos nossos líderes.

E aconteceu, o Exército e Portugal, disseram-nos que é “ Doce e Honroso lutar pela Pátria”. Este obrigado Soldados, por tudo o que representa não só para nós Veteranos mas também para as forças que integram os três Ramos aqui ou em missões no exterior nomeadamente a força que na parada aguarda a hora de partida para o Continente Africano. Com honra recebemos desta sub unidade, o porta-estandarte que transportou o nosso Glorioso Guião no momento solene da condecoração.

O fim da cerimónia trouxe-nos as felicitações daqueles que connosco comungam ideias e valores. Pelo aquilo que para mim representam, a duas delas, dou relevo merecido. Do meu Capitão Comandante de Companhia na 20ª Companhia de Comandos Delfim Oliveira Marques e o sargento Comando Venâncio, duas cruzes de Guerra no peito e um enorme coração.

Destas breves palavras recordo todos aqueles que directa ou indirectamente fizeram acontecer este acontecimento e permitem a este Leopardo descansar no ramo da árvore onde recobro de todos os trabalhos sabendo que Portugal terá sempre entre os seus filhos quem com Honra e Valentia estará disposto a dar os passos necessários para o legado de Afonso Henriques não se perca.

Uma palavra especial ao Amilcar Mendez pelo entusiasmo, dedicação incansável e muita energia com que tem desenvolvido todas as acções que cimentam a união deste grupo.

A propósito comigo esteve o meu neto mais novo no regresso a casa trocou o barrete de instruendo e colocou na cabeça a minha boina vermelha…

Até sempre Leopardos
Mamasumae

2 de Julho de 2016

 

 

 

CRUZ DE GUERRA DE 1ª CLASSE – COLECTIVA

A 38ª Companhia de Comandos, cujo Comandante foi o então Capitão “Cmd” Victor Pinto Ferreira, e que actuou no Comando Territorial da Guiné viu, finalmente, ser-lhe reconhecida a forma excepcional como cumpriu a missão que lhe foi confiada, sendo-lhe atribuída a Cruz de Guerra de 1ª. Classe Colectiva, por feitos em combate.

A condecoração será imposta no seu Guião, no próximo dia 29 de Junho – “Dia dos Comandos”, no Regimento de Comandos, na Serra da Carregueira, pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, General Frederico Rovisco Duarte.

Convocam-se assim todos os elementos pertencentes a esta Companhia para estarem presentes a esta cerimónia, dando-lhe o brilho que ela merece ao enaltecer as valiosas acções em combate. É mais uma página na História dos Comandos que agora se escreve, pelo que orgulhosamente, deveremos estar todos presentes.

Comparece para gritarmos

MAMA SUME

Início das cerimónias 10H30

 

 

DIA DOS COMANDOS
29 DE JUNHO - 2016
REGIMENTO DE COMANDOS - Serra da Carregueira - Sintra

Programa

09H30 – Concentração

10H30 – Chegada da Alta Entidade que preside às cerimónias

11H00
– Início da Cerimónia Militar na Parada MGen. “Cmd” Jaime Neves
- Cerimónia de Encerramento do 126º. Curso de Comandos
- Desfile das Tropas em Parada e dos Guiões das Companhias

COMPARECE! PARTICIPA!
MAMA SUME




Trigésima Oitava Companhia de Comandos
A Sorte Protege os Audazes
Guiné 1972 - 1974

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